Em momentos de crise, o comando das medidas para resolver a situação ou mitigar seus impactos faz toda diferença. O líder deve ocupar papel central na condução do dia a dia. Mas como deve ser a conduta dessa peça-chave ao longo do processo?
Em meio à pandemia, que completou um ano de existência no último dia 11 de março, estão de destacando as empresas resilientes, atentas ao que está ocorrendo no seu entorno, com boas equipes, e rapidez para adaptações e respostas às necessidades de seus públicos. São empresas encabeçadas por nomes fortes.
Talvez o mais emblemático seja Luiza Trajano, do Magazine Luiza, que rapidamente soube se mobilizar para não só continuar a jornada digital que já estava bastante madura na empresa, mas também teve sensibilidade para perceber as mudanças no entorno e oferecer apoio à sociedade num momento tão traumático. Os líderes são fundamentais em momentos críticos e deles é exigido um conjunto de habilidades capazes de guiar a equipe para além do desafio à frente:
Empatia
Entender o momento pelo qual seus liderados estão atravessando, com as incertezas geradas pelos acontecimentos recentes. Desde que a pandemia se iniciou, vemos ansiedade no centro das discussões sobre o clima e as pessoas nas organizações. Certamente este deve ser um fator considerado pelo líder para conduzir as suas decisões.
Transparência
Conversas francas e abertas sobre a situação da organização ajudam a manter a confiança dos times. Por isso, a postura do líder deve ser a de explicar e esclarecer eventuais dúvidas e boatos que possam surgir sobre a empresa.
Comunicação
Manter e/ou criar momentos para interação das equipes entre si e com o líder é importante para um diálogo constante e auxílio às equipes. É fundamental também manter, sempre que necessário, conversas individuais para apoiar as pessoas que enfrentam situações particulares.
Envolvimento
É natural que colaboradores tenham diferentes níveis de envolvimento quanto a questões que dizem respeito ao seu trabalho e à organização. Mas em ocasiões de crise, não raro, é preciso criar um ambiente para que esse envolvimento seja um pouco maior ou seja mantido, garantindo que a crise seja atravessada sem solavancos.
Equilíbrio emocional
Diz respeito ao comportamento do líder, que terá que lançar mão de mais controle emocional para conduzir a situação. Lembrar que estão todos sob pressão – inclusive quem comanda as ações e times – ajuda a manter a serenidade. Se for necessário, além do líder procurar apoio em seus superiores, pode ser interessante buscar ajuda de psicólogos, por exemplo.
Felizmente, as situações de crise são temporárias. Mas trazem consequências muitas vezes imprevisíveis. A única certeza que se tem é que atravessar uma tempestade traz aprendizados para todos, sejam líderes ou liderados.
